Evento foi realizado pelo Instituto Mureru Eco Amazônia, no último sábado (11), e marcou o início da programação do projeto Território Transformador do Tapajós.

O Instituto Mureru Eco Amazônia (IMEA) realizou, no último sábado (11), um encontro com lideranças jovens de Santarém e região para dialogar sobre o papel dos jovens no movimento de defesa da Amazônia e de seus povos. O evento ocorreu na sede da entidade e reuniu cerca de 30 jovens da faixa etária de 15 a 25 anos.
“Nós queremos mobilizar a juventude para discutir sobre a Amazônia e falar sobre o seu protagonismo. Queremos que esses jovens enxerguem a região amazônica como a sua casa, o seu território. Queremos que eles percebam o potencial que tem para ajudar a construir um desenvolvimento que seja bom para todos”, destaca Lucineide Pinheiro, coordenadora do projeto e colíder do Território Transformador do Tapajós.
O IMEA desenvolve o projeto Território Transformador do Tapajós, em parceria com a ONG Ashoka Brasil, desde 2021. O encontro serviu como pontapé inicial para as atividades que serão desenvolvidas dentro do projeto ao longo do ano de 2023. Fazem parte da programação: a realização de rodas de conversas com jovens, oficinas de comunicação e arte e ativismo em escolas municipais e estaduais, além da segunda edição do Seminário Juventudes e Justiça Climática na Amazônia.

“Em 2022, conseguimos alcançar mais de 700 pessoas com as nossas ações. Nesse ano, queremos aumentar ainda mais a nossa rede e despertar nas pessoas, principalmente nas crianças e jovens, a visão de que elas são sim capazes de transformar o lugar onde vivem”, comentou a integrante da equipe de coordenação, Cibele Pixinine.
17 novos jovens entraram para a rede do Território Transformador do Tapajós, que conta com participantes da zona urbana de Santarém, de comunidades quilombolas da região e aldeias indígenas dos rios Tapajós e Arapiuns.
“Eu participo do Território Transformador do Tapajós desde o início e tem sido muito bom pra mim. Fico feliz de participar de um projeto que é referência aqui na Amazônia e também a nível nacional. Hoje vejo como é importante que a gente discuta assuntos como protagonismo juvenil e proteção ao meio ambiente”, conta Jefferson Vasconcelos, do Quilombo de Arapemã.
Já Ana Vitória, jovem da Aldeia Santo Amaro, do povo Tupinambá, na região de Surucuá, está participando pela primeira vez do projeto. “Fiquei muito grata pelo convite. É muito gratificante para mim estar ao lado de todos esses jovens e ter a oportunidade de aprender sobre assuntos que posso repassar para os outros”, comenta.

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